segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Caros amigos ouvintes:

Começa hoje minha ventura de um ano afastado da UFOP. Feliz com um ano que está cheio de promessas, meio triste por ficar um ano sem o convívio com meus amigos da Matriz mineira.

Nessa vibe, fico cantarolando o disco novo do Hérnia, meu guitarrista favorito, um dos caras mais talentosos que conheci. Como todo gênio, louco. Foi dele que ouvi que, se ganhasse um milhão de reais todo mês, sem ter que fazer nada para merecer a grana, viveria no máximo uns três meses, pois a intensidade da esbórnia seria grande...

Tive o privilégio de tocar com ele durante uns 5 anos, dos quais vi seu entusiamo com o Besouro diminuir na mesma medida em que seu talento se consolidava e nossa banda ficava pequena para ele, quase impossível de contê-lo. Foram 5 anos de renovação para mim, de muitos sonhos, música e bobagens. Discussões e brigas, claro. Mas sempre de leve, ele me dizendo para não cantar como Dinho Ouro Preto (Jesus! Eu já fiz isso? Acho que já... rsrs) e eu dizendo para ele parar de ouvir Los Hermanos que isso faz mal!

Saquem aí o som do cara:  https://soundcloud.com/guilherme-morais/sets/da-saudade.




Agora minha resenha. O álbum tem 7 músicas. A primeira,  “Pó de estrelas”, mostra o Hérnia (aqui em sua versão Gulherme Morais) leitor de Lucrécio, tocando baixo e guitarra com rife marcante. Na faixa seguinte, “Volta”, o pé nos anos 1960/1970 fica evidente. Vemos um quê meio Robertão finalmente encontrando o "Mundo de Roni Von", algo entre Beatles e Taiguara, que o povo moderninho gosta de chamar de Indie rock. Música muito, muito bonita. Melódica e bem feita.

Em “Motivo”,  que belo rife! A pegada mais hardcore empurra o disco mais para os 1980 do Brasil, com refrão meio no punk brasileiro.

Voltamos ao normal em “Dandelion”, ou Dente-de-leão, aquela florzinha (?) branca que assopramos para ver voar as sementes (?). Trata-se uma bela valsinha que nos conta o prelúdio da história-tema do fim do disco. O dente de leão mostra o começo pueril da relação amorosa que termina na faixa seguinte, a triste “Arranha-céu”. A crise vem na sequência, na desesperada e bacana “Eu nunca mais vou te procurar”.

Essa mesma relação que, estranhamente, mas como sempre, provoca as saudades cheias de arrependimentos da ótima e pessimista “Da saudade”, que encerra o disco e da nome ao trabalho. Uma das melhores performances vocais de todo o álbum.

Vida longa ao Hérnia! Sigo cantarolando suas músicas, com saudades dos tempos de Besouro. Da saudade; Dá saudade.

Grande abraço meu amigo. Você ainda me deve o chope!

Stay tuned,

Duda

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Hora e vez da Titia!

Bom dia ouvintes!
Semana passada, cai num buraco em Floripa que me impediu de transmitir normalmente nossa dose semanal de música que toca na minha cabeça.
Nesta semana, a titia! Rita Lee no seu grande disco com o Tutti Frutti, “Fruto Proibido”. 


O álbum é de 1975 e cheio de clássicos com arranjos muito bacanas da própria Rita e do Carlini, guitarrista de mão cheia do grupo.
“Agora só falta você” me lembra sempre do Tadeu me explicando como isso era pros Mutantes... Verdade ou não, bacana sempre!
Vale ouvir inteiro, mas cantei “Luz del Fuego” a semana toda. Módulo papai continua acionado e vejo as pequenas “representando a pergunta na barriga da mamãe”!
Volume no talo e cantem com a Titia do Rock!

Abraços e Stay tuned!

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Caros ouvintes: já era hora de voltar!



 



E cumprindo promessas. Neste mês de carnaval, só música nacional!



 

Começamos o ano com os melhores: Secos e Molhados!



http://www.youtube.com/watch?v=NjXumdCxtDw



 

O primeiro álbum, obra prima do rock tupiniquim e mundial, é de 1973 e leva o nome da banda.



Na capa, cabeças em exposição num armazém. Mas, na verdade, todos sabemos, eram três caras: Gerson Conrad (o sortudo), João Ricardo (idealizador da banda e arranjador) e Ney “putaqueopariu“ Matogrosso (uma das melhores vozes que Baco já deixou cantar no planeta). O quarto cara decapitado na capa é o baterista, que não topou integrar a banda, apenas tocar como músico de estúdio... Sem comentários!



 

Não tem música fraca ou ruim neste álbum simplesmente perfeito. Apesar de tudo (maquiagem, postura, música de primeira, harmonias, experimentações...), a escolha, nesta rádio, como sempre, é pessoal: o disco aqui está por conta de “Mulher barriguda”! Em homenagem à minha pequena, e as nossas pequenas Maitê e Manu! Viva a Mulher Barriguda! A música toca todo dia aqui em casa, em versão com letra alterada. Espero que gostem!



 

Em tempo: o baixo é de um argentino, Willi Verdaguer, que hoje toca com o estranhoso do Guilherme Arantes. O que ele faz em “Amor” é divino! Uma das melhores linhas de baixo de todos os tempos!



 

Aproveito para registrar minha homenagem à minha querida MG, com o Tianastácia na sua versão bem legal do “Vira”: http://www.youtube.com/watch?v=sjES200hVzY



 

É isso meus amigos! Começou o ano!



 

Stay tuned,



Duda