segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Retrospectiva na Rádio Duda

Ouvintes amigos:
Este ano foi massa, foi foda, foi corrido, foi lento, foi, em suma, como todos os anos são. Mas ele marcou o início da rádio Duda, que tem crescido cada dia mais. Graças a vocês e às vozes da minha cabeça que não param de cantar!
Para os novos ouvintes, deixe-me explicar como surgiu a rádio. Desde que me conheço por gente, minha cabeça funciona com música. Aqui dentro raramente faz silêncio! Quando faz é "The sound of silence" (versão Besouro Verde!).
Graças ao Youtube, pude externar a meus amigos e amigas as bagunças que passam na minha cabeça. Sempre às segundas, dia em que consigo tirar uma meia hora e prá escrever bobagens!
Mas, no ano que vem a Rádio promete melhorias e incrementos. Tiraremos férias até fevereiro, mas, quando voltarmos, em todo mês par, um especial:
- Fevereiro: Só som brasileiro, em homenagem ao Carnaval (que será em março!)
- Abril: o mês das listas. Toda semana um Top 5 de algum tema ou banda.
- Junho: Més dedicado aos Stones (caso as gêmeas nasçam neste mês, só música pra criança e os Stones se fundem aos Beatles em agosto!)
- Agosto: em homenagem a mim mesmo, que aniversario no dia 18, Beatles!
- Outubro: Ao longo do ano, registraremos os pedidos e sugestões dos fiéis ouvintes e, as melhores, de acordo com a seleção imparcial de minha própria cabeça, serão comentadas. Os ganhadores receberão CDs do Besouro!
- Dezembro: Como a tradição que começou neste e-mail, a retrospectiva do mês!
Nos demais meses, funciona de forma espontânea mesmo: tocou na cabeça, tocou pra vcs!
Foi um prazer servi-los! Valeu a todos pela amizade e pela paciência! Até ano que vem! E Fiquem com a retrospectiva 2013:

http://www.youtube.com/watch?v=BMcVxWtELj0&list=PLeGfyKgQoUIoZcaXM8JhGUZqN5iMSrZKg

Ponham o volume no talo, indiquem o serviço a amigos e, lembrem-se, stay tuned!
Seu DJ amigo,
Duda

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Algumas canções de amor para o fim de ano!

Bom dia ouvintes!!!

Desculpem-nos pela queda dos serviços no dia de ontem, mas o engenheiro de som simplesmente faltou ao serviço alegando estapafúrdias desculpas relacionadas a trabalhos acadêmicos! Onde já se viu!

Hoje, na rádio Duda, toca sem parar um presente de fim de ano para todos nossos fiéis ouvintes: o clássico “Layla and other assorted love songs”!

Um “all time favorite” de 9,9 entre 10 pessoas com o mínimo de sanidade e ouvidos funcionais, o álbum foi gravado em 1970, capitaneado pelo grande Clapton, em seu auge.

Ele estava tocando com esses caras, Bobby Whitlock (teclados e voz), Carl Radle (o baixista) e Jim Gordon (baquetas), fazia algum tempo. Eles formaram a banda de apoio do George Harrison em seu primeiro álbum solo e tocavam com Delaney & Bonnie (que estarão em post do ano que vem). Whitlock foi morar com Clapton, que, na época, começava a abusar (e feio) de heroína e a cantar na cara dura a esposa de Harrison, Pattie Boyd (musa de canções como “Something”, “Layla”, “Wonderful tonight”...).

A ideia da banda era revisitar o blues, explorar novas sonoridades. E, acima de tudo isso, fugir do que Clapton chamava de “maldição da fama”, que ele achava ter se abatido sobre o Cream e o Blind Faith, levando os grupos à dissolução e às brigas de egos.

O nome Derek and the Dominos surgiu dessa vontade do anonimato, ninguém sabe muito bem como. Tem mil versões pra coisa. A que eu mais gosto fala de um erro de pronúncia numa apresentação ao vivo: a pessoa que ia apresentá-los deveria ler que “Del and the Dynamos” tocariam em seguida, mas acabou lendo “Derek (pois sabia se tratar de Eric) and the Dominos (por burrice mesmo)”. Do erro nasceu o nome.

Nas sessões de gravação, a guitarra slide ficou a cargo de Duane Allman, de quem falamos poucas semanas atrás. As jam sessions para o disco chegaram a durar 18 horas!!! Às vezes, os engenheiros dormiam no ponto e, diz-se, muito foi perdido. “Key to the highway”, por exemplo, começou a ser tocada sem que ninguém estivesse gravando. Tom Dowd, produtor da maior parte do disco, percebeu a cagada e saiu correndo para gravar. Por isso a faixa começa com um fade-in estranho.

Escorregões à parte, o resultado ficou ótimo! Astronômico, absurdo, na verdade. Este modesto DJ crer tratar-se de uma das maiores demonstrações da existência da divindade Baco em forma de vinil. Uma das melhores fusões de blues e rock já ensaiadas. E, de fato, não se trata de um álbum de Clapton, mas de uma banda afinadíssima.

Foi um fracasso de venda e de crítica. O anonimato foi tanto queninguém prestou atenção. Apenas quando a turnê da banda deixou claro de quem se tratava é que o álbum começou a se mexer. Só vendeu mesmo em 1972, quando a banda sequer existia, mas bottoms com os dizeres “Derek is Eric” circulavam por todo lado.

A banda se afundou no abuso de drogas. Gordon, esquizofrênico, matou a mãe a marteladas nos anos 1980! Clapton foi capítulo à parte. Drogas somadas à morte de seus amigos Duane (acidente de moto) e Hendrix (de overdose) o levaram a uma big depressão que o deixou trancado em casa, doidão, por 3 anos. Harrison e Townshend salvariam sua pele... mas este é outro capítulo!

Por enquanto, ouçam e se divirtam com uma faixa melhor que a outra: “Layla”, “Bell Bottom Blues”, “I looked away”, “Tell the truth”...!

Stay tuned,

Duda

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Hoje, tudo livre na Rádio Duda

Boa tarde, meus amigos!

Bem vindos ao capítulo semanal da Rádio Duda! Mais do bom e velho rock, assim mesmo, como ele deve ser! Nada de mais, apenas aquilo que há de melhor!

Hoje, voltamos a 1970, com uma jovem, promissora e incrivelmente talentosa banda, que então lançava seu terceiro disco, “Fire and water”.

Falamos do Free, em sua formação original. Vindos da cena Blues rock da Inglaterra, os meninos tinham cerca de 20 anos quando lançaram esta pérola. O baixista, Andy Fraser, por exemplo, já tocara com John Mayall, quando tinha apenas 15 anos. Eram jovens, mas rodados!

Nos dois primeiros discos, a coisa estava lá: cozinha vigorosa, com baixo marcante e bateria impecável – baquetas nas mãos de Simon Kirke; guitarra investindo em rifes e com base invejável no blues, empunhada por Paul Kossoff; e o vocal daquele que, para muitos, foi o maior dos anos 1970, Mr. Paul Rodgers! Que, naquela época, cultivava uma taturana lobatiana por riba dos zóio, logo abaixo de uma cabeleira neandertal. Como quase sempre no rock, gente feia e competente!

Foi em “Fire and water” que a coisa deu certo. Não há nenhuma faixa ruim ou mais ou menos. O disco todo é assombrosamente bom. Com hits intergalácticos: quem, sendo fã de boa música, nunca se pegou cantarolando “Alright now”, por exemplo? Sucesso de público e crítica, catapultou as jovens promessas ao estrelato! E com méritos.
O hábito de aspirar pó compulsivamente de Kossoff e o sucesso na cabeça de todos, com Rodgers sendo incensado, jogou a banda num turbilhão que levou ao seu fim em 1971. Para ajudar o guitarrista a sair do vício, eles se reuniram no ano seguinte, mas a coisa degringolou de vez em 1973.

Vocalista e baterista manter-se-iam juntos no igualmente exitoso Bad Company pelos anos seguintes. Kossoff faleceu aos 25 anos, adivinha do quê? 

Antes dessa desgraceira toda, estava “Fire and water”!

Abraços a todos e, lembrem-se, stay tuned!
Duda

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Parada no Tráfico? A Rádio Duda salva!

Bom dia, caríssimos ouvintes!!!


Rádio Duda saiu do ar na segunda passada, mas as ondas voltaram ao normal no dia de hoje! Os pedidos foram anotados e serão atendidos ao longo das próximas semanas.


Para esta bela segunda nublada e quente, nunca tão nublada como Londres ou SP, nunca tão quente como Cuiabá ou o Atacama, sua Rádio apresenta o segundo álbum do Traffic, um epônimo de 1968.




A banda era formada por pequenos gênios dos anos 1960, todos oriundos da cena blues e R&B britânica, que formou de Yardbirds a Stones. Começaram a tocar em Birmingham, no início de 1967 e mantiveram a formação mais bacana por três discos:


- o jovem multi-instrumentista Steve Winwood (que já passou por aqui, cf. post sobre o Blind Faith e sobre o Gov’t Mule), que vinha do Spencer Davis Group;


- Jim Capaldi, baterista que tocou com todo mundo, de Hendrix a Harrison, antes de se mudar para a Bahia e passar o resto de seus dias tomando água de coco e tocando até na versão inglesa de “Ana Júlia”, dos insuportáveis Los Hermanos.


- Chris Wood, tecladista e saxofonista que também rodou bastante, contribuindo em discos do Hendrix, Small Faces e Free (tema da semana que vem).


- Dave Mason, guitarrista que tocou com todo mundo da época, Hendrix, Stones, Clapton,  Harrison, Fleetwood Mac e Cass Elliot, por exemplo.


Os caras começaram emulando os Beatles (a primeira faixa deste disco tem muito de “Altogether now”, dos rapazes de Liverpool, por exemplo), mas expandiram suas referências para o jazz, blues e música experimental.


Prestem especial atenção às faixas "Pearly Queen", "Feelin' Alright?", “40,000 Headmen" e "Means to an End". A primeira e a última com muito da black music da época.


O disco tem bolas fora (“No time to live”, por exemplo, tenta ser jazz, mas descamba para motel – o que tem seu valor, é claro!), mas é dessas pérolas dos 1960’ que merecem ser conhecidas.


Abraços e até a próxima!


Stay tuned,

Duda

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Os filhos que rivalizam... na Rádio Duda!

Salve, salve simpatia! 

Hoje a rádio Duda traz sons menos mofados que de praxe! Novidades direto da Califórnia: Rival Sons!

Banda “nova”, tem apenas 5 anos e parcialmente formada pela internet. Moderninho, não? Mas ainda bem que o som não é!!! Afinal, rock é um fenômeno anglo-saxão de efêmera duração. Viveu apenas entre 1965-75. Antes disso, havia indícios de que Baco criaria o mundo como ele devia ser. Depois, apenas santos que perseveraram no caminho da fé! Fora da Inglaterra, Brasil e EUA fizeram algo. O resto não conta...

Eles tem 3 discos (o Diego, claro, deve ter todos e conhecer a banda antes mesmo dela ter se formado...). O primeiro é feito pelos próprios caras. Os outros dois por grandes gravadoras. Sucesso.

Pressure time (o maior hit): http://www.youtube.com/watch?v=-MA0m1K2jW4

Keep On Swinging (para chacoalhar a igrejinha e seus fieis): http://www.youtube.com/watch?v=-ijOlAR3zs8

Face of light (balada bonita…): http://www.youtube.com/watch?v=RXHI_P6LVPY

Until the sun comes (ah, os rifes de guitarra!) : http://www.youtube.com/watch?v=_-oCues_BW4

All Over The Road (aqui eles entregam um pouco as referências dos anos 1970, de disco a Queen): http://www.youtube.com/watch?v=abyOSwKgsCM

O som dos Rival Sons tem um pouco de Led, um pouco de Purple. Hard Rock de qualidade. Sei que será difícil se equivaler aos posts do Gov’t  Mule e do Manassas, maiores hits já lançados pela sua rádio de segunda-feira, mas é um som bem honesto e promissor!

Se desejarem ver algo aqui comentado, escrevam. No mais, keep on rockin’ in a free world!

Stay tuned,
Duda

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Manassas!

Bom dia, ouvintes!

Hoje uma banda pouco conhecida, mas com um som incrível: Manassas!
Formada em 1971, lançou dois álbuns (“Manassas”, 1972 e “Down the road”, 1973) e acabou. Quem viu, viu; quem não, pode ouvir aqui, em sua rádio de segundas-feiras.

Algumas caras são conhecidas. Isso porque a banda foi montada por Stephen Stills (ex-Buffalo Springsfield e ex-Crosby, Stills, Nash [às vezes Young]) quando do fracasso da turnê de seu segundo álbum solo. A ideia era se juntar com caras de talento, músicos de estúdio e amigos que entendiam do babado para tentar experimentar vários ritmos e reinventar o próprio som. Na onda, quase que o Bill Wyman, dos Stones, se torna um membro do Manassas. Acabou gravando apenas uma faixa do álbum de estreia.

A Flying Burritos Brothers, uma dissidência dos Byrds, composta pelas lendas do Country-Rock Gram Parsons e Chris Hillman, também estava se desfazendo, e o Hillman se juntou ao Manassas (é o urso do cabelo duro que canta e toca guitarra, em pé, ao lado do Stills). O percussionista, Joe Lala, tocou com todo mundo, incluindo gente que não toca nesta rádio, como Whitney Houston e Bee Gees. Os outros caras tocavam no CSNY ou em projetos de alguns deles.

Estou linkando uma apresentação de divulgação do primeiro álbum (que é duplo). Aqui, eles tocam quase o lado A inteiro (chamado The Raven – cada lado tem um nome: “The Raven”; “The Wilderness”; “Consider” e “Rock & Roll is Here to Stay”), com algumas das músicas do resto do disco. É um desfile de Blues, Rock, Country-rock, com algumas pitadas de Caribe aqui e acolá (por conta da percussão)!


A banda era muito acima da média e as músicas são muito boas, com levadas distintas, que se alternam e mesclam. O disco de estreia chegou a número 4 na Billboard e mereceu críticas fantásticas. A Allmusic chamou-o de "obra-prima escancarada", ao passo em que a Rolling Stone afirmou que Stills provava que ainda (“stills”, capice?) tinha a boa música viva dentro dele. Mas a melhor de todas foi a do engenheiro de som, Howard Albert, que disse: “Manassas foi uma das melhores e mais subestimadas bandas dos anos 1970. Aquele álbum duplo, junto com o “Layla” do Eric Clapton – no qual eu e Ron Albert também trabalhamos – são os melhores de que já fizemos parte [...] Manassas podia tocar, literalmente, qualquer coisa.”

Aos que gostarem, o youtube tem os dois álbuns na íntegra. Valem a pena!

Em tempo: Manassas é a cidade da Virgínia, palco de batalhas famosas da Guerra de Secessão, e na qual a banda bateu fotos logo que se formou.

Abraços e até semana que vem!

Stay tuned!

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

E o raio caiu três vezes no mesmo lugar...

Bom dia, ouvintes!

A rádio está empolgada com “novidades” (por aqui, nada é muito novo)! E, hoje, daremos uma de Mythbusters!!!

Dizem que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, certo? Errado! Provaremos o contrário: não só cai duas vezes, como cai três!!!

Era 1971 quando algum capricho inexplicável do destino tirou-nos Duane Allman, co-fundador (junto do irmão Gregg) do Allman Brothers Band, o mundo ficou mais sonso. Ele foi uma das coisas mais incríveis que esta esfera azul já produziu com a capacidade de empunhar uma guitarra. Morreu com menos de 25 anos, tendo deixado seu nome como o cara que tocou guitarra slide no lendário “Layla and other assorted love songs”, do Derek and the Dominos (leia-se, Clapton, Whitlock, Gordon, Duane... e esse povo que havia excursionado com os igualmente geniais Delaney & Bonnie no fim dos anos 1960). Duane, quando caiu daquela moto, já era uma lenda viva. Para ouvir um pouco dele, cliquem em http://www.youtube.com/watch?v=9eqSFMOZxeY. É uma apresentação do Allman Brothers em 1970. Duane é o rapaz com fartas suíças que sola com slide...

Pois bem, em 1979, o sobrinho do baterista original do Allman Brothers, "Butch" Trucks, veio ao mundo. Nomeado de Derek (por que será?), o moleque quis, desde cedo, aprender o instrumento elétrico de seis cordas. Como tinha as mãos muito pequenas, optou pelo slide. Nunca quis segurar uma palheta.

Aos 13 anos, Derek Trucks juntou-se aos Allman Brothers. Isso mesmo, vocês leram bem: 13 anos!!! Existe em vídeo o registro disso, graças a Baco. Assistam o moleque mandando o solinho de Layla e fazendo uma jam com seus novos amigos do parquinho: https://www.youtube.com/watch?v=MLQTbmUYI4A. Não vale a pena?

Derek continua tocando com o Allman Brothers, banda na qual o raio caiu duas vezes. Poucos anos atrás, se casou com Susan Tedeschi, uma bluseira de mão mais do que cheia e vozeirão poderoso.  E o raio caiu mais uma vez!!! Era a terceira!

Tal como Delaney & Bonnie nos anos 1960, os pombinhos juntaram talentos no Tedeschi Trucks Band e, em 2011, lançaram “Revelator”, álbum ganhador de Grammy de melhor disco de blues do ano. Não à toa: http://www.youtube.com/watch?v=8_zaV95XbEQ&list=PL4608A8E396F23A70

Neste ano, alguns meses atrás, o grupo lançou o segundo álbum de estúdio: “Made Up Mind”. A capa é ótima: um búfalo em rota de colisão com um trem. O som é melhor ainda! Soul, Blues e Rock dão as mãos um aos outros e o resultado é o de 3 raios caindo no mesmo lugar!

Poucas semanas atrás, eles tocaram a faixa título na TV americana: http://www.youtube.com/watch?v=Kjha9ffO-G8.

E só para mostrar que Baco existe e que vela por nós, roqueiros de plantão, chequem o casal tocando Rock Me com “the one and only, the king of the blues” (lembra, Diego?) BB King: https://www.youtube.com/watch?v=zhCfehYJxXA.

Stay tuned!

Duda

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Atendendo a pedidos

Na rádio Duda desta semana, atendemos ao pedido de nossos fieis ouvintes!

No churras do Diego, JP e outros disseram que nunca tinham ouvido o Gov’t Mule (lê-se “Government Mule”). E isso não pode continuar dessa forma! O mundo é melhor com o Mule nele.

Formado em 1994, pelo guitarrista Warren Haynes e o baixista Allen Woody, do Allman Brothers (aguardem post sobre eles), com o baterista Matt Abts (que deve ser primo do John Malkovich), a ideia do Mule era ser apenas um projeto paralelo. Um trio nos moldes dos poderosos power-trios das décadas de 60 e 70, tipo Cream.

Abts e Woody eram muito bons, mas Haynes é top ten, tanto como guitarrista como quanto vocalista. Viva o sul dos EUA! Pelo menos quanto à música!

De lá pra cá, foram 10 álbuns de estúdio e uma porção ao vivo (alguns shows com quatro, cinco horas de duração!). Logo depois do 3º, em 2000, o baixista bateu as botas. Os dois remanescentes lançaram dois álbuns antológicos na sequência, reunindo-se com vários baixistas lendários, um por faixa: “Deep End- Part I” (2001) e “Deep End- Part II” (2002). Tocam nesses álbuns, gente do calibre de: John Entwistle (cf post da semana passada), Flea, Jack Bruce (do Cream), Jason Newsted (Metallica) etc.

Aliás, a característica de fazer jams é coisa do Mule. Todo álbum e todo show tem convidado(s) especial(is) e set diferente, mesclando sons próprios e covers (na verdade, versões bastante inusitadas de bandas clássicas e atuais).

Depois disso, incorporaram outros baixistas à banda, mas a posição parece ter vodu e ninguém esquenta muito a cadeira nela. Também efetivaram um tecladista, Danny Louis.

O último disco é deste ano: "Shout", lançado no mês passado.

Tem gente que prefere os sons mais bluseiros do Mule. Outros, os mais pesados. Outros ainda, os covers. Para não falar dos fãs das baladas...

Tentando ser fiel a todos, selecionei minhas favoritas:


“She said, she said (cover do Beatles)”: http://www.youtube.com/watch?v=UiBfeKqUOtc
“Million miles from yesterday” (sugestão muitíssimo bem vinda do Felipe): http://www.youtube.com/watch?v=RapX04Z7NXo
“Soulshine (minha “favorita do mundial”, com um monstro chamado Chuck Leavell no órgão e no Wurlitzer, e Little Milton na segunda guitarra e vocais)”: http://www.youtube.com/watch?v=ijsritrkiAA
“When the World gets Small (do último disco, com vocais e teclados do mestre Steve Winwood – cf o post dele com Clapton de algum tempo atrás)”: http://www.youtube.com/watch?v=bY3M5TvN5bg
  

Espero que goste, JP! Se não gostar, mente!

Stay tuned!

Duda

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Na rádio Duda, só sucesso!

Caros ouvintes:

A rádio Duda desta semana homenageia, de forma torta, Helena, minha nova sobrinha! A garota, irmã de minha afilhada Sarah, nasceu com uma semana de adianto, quebrando os planos de um fim de semana tranquilo em Campinas.

Corremos, Line e eu, para ver a pequena e saber como Sarinha, a mais velha, reagia ao nascimento de sua primeira irmã. Apreensivos e excitados com as novidades todas, logo que as vi bem, a primeira coisa que me ocorreu foi: “The kids are alright!”

Clássico de início de carreira do The Who, a letra da música não tem nada a ver com nascimentos ou famílias felizes, mas sim com as baixarias de um dos maiores grupos de rock de todos os tempos (viva a Inglaterra!) – e um dos mais loucos também! Lançada no primeiro álbum da banda, “The kids are alright” tem um levada entre os Beatles (especialmente a ponte para o refrão, que parece ter sido escrita pelo Paul) e os Kinks (a letra ousada, mas a agressividade acima de tudo).

Mando o link do videoclipe de 1964 e o de minha versão favorita. Na primeira (http://www.youtube.com/watch?v=afam2nIae4o), é a versão em estúdio que ouvimos. Nas imagens, um Roger Daltrey com cabelinho Beatles (que coisa triste... só não é pior do que seu atual visu, com cara de Sílvio Brito1) está super confortável, não sabendo onde enfiar as mãos. Na bateria, Keith Moon, já bastante alterado pelo uso de psicotrópicos, zoa bonito o câmera, fingindo que toca. “Ox” Entwistle mostrando que, naquela altura, já era um dos melhores baixistas do mundo, e Pete Townshend criando o arco giratório do braço, com as pernas abertas, que todo aspirante a guitarrista de rock copiaria in saecula saeculorum, amém!

Na segunda (http://www.youtube.com/watch?v=M-jyTRO3_cQ), no show de 2001, a banda melhora arranjos e faz uma versão primorosa, com direito a letra a mais. Na bateria, assumindo o visual e o som do inesquecível de Moon, Zak Starkey, filho de Ringo Starr que, como o pai, é um sortudo, mas, diferente do pai, toca muito.

Abraços do tio! Stay tuned!
Duda

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

E, nesta semana, na rádio Duda...

Ouvintes de mundo afora:
Hoje, post rápido. A letra de Jorge Drexler fala por si. Ney fala por todos nós.
A canção foi gravada no disco "Inclassificáveis", de 2008. A versão em anexo é da apresentação ao vivo, do mesmo ano.
Semana que vem, prometemos mais!
Stay tuned,
Duda

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Bom dia, ouvintes!

Depois de uma semana de férias, seu DJ forçado de segundas-feiras volta à carga em ritmo de compensação!

Hoje, noticiamos dois lançamentos. Pearl Jam lança, em breve, novo álbum, o 10º de estúdio. Ao vivo, eles lançam um ou dois por semana, então não conta. Pelas duas músicas lançadas até agora, teremos mais do mesmo. Boa notícia para os fãs da banda, nem tão boa para quem gosta de experimentação.

Na primeira faixa, um rock nervoso, espécie de volta a “Spin the black circle” (do 3º disco, Vitology) ou “Comatose” (do 8º disco, aquele que leva o nome de “Pearl Jam”, mas é chamado de “o do abacate na capa”). A música chama-se “Mind your manners”. Nada que já não tenhamos ouvido da banda de Seattle, mas vale o “óóóódiooooooo”, como diria o bravo Tadeu!
http://www.youtube.com/watch?v=jWQYYavheUA

A segunda é uma bonita balada, sem medo de ser romântico, intitulada “Sirens”. Linda música para uma banda que tem muitas belas canções açucaradas em seus mais de 25 anos de estrada. Chama-se “Sirens”.
http://www.youtube.com/watch?v=qQXP6TDtW0w

Legal ver os caras “velhões”, cabelo ralo, barriguinha, rugas, mas com um controle musical do que fazem que é dar inveja. Eddie Vedder (de cabelos curtos!) cantando muito, como sempre! E Mike McCready, também usual, permanece um filho da puta possuído pelo demônio das guitarras! Ah, essa velha encruzilhada na qual tanta gente fora de série entregou suas almas só para poder tocar seis cordas desse jeito...

Isso mostra que o álbum que está por sair ("Lightning Bolt") deve ser melhor que o anterior, meio fraquinho.

Outra feliz obrigação deste post de demanda acumulada é anunciar a nova do Paul, curiosamente intitulada “New”:
http://www.youtube.com/watch?v=BkbbP0ozyMs

O setentão mais talentoso que ainda anda neste mundo compôs uma dessas músicas de ouvir chacoalhando a cabeça e batendo palmas e os pés. Ele poderia ter gravado essa música no lado B de “Penny Lane” ou de alguma dessas coisas melódicas das quais só ele é capaz! Álbum novo do eterno Beatle e Wing sai na próxima segunda. Aguardem post com avaliação! Até lá, something new from Sir Macca!

Abraços a todos e... stay tuned!
Duda 

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Como não poderia deixar de ser...

... a rádio Duda traz, nesta semana, um pouco do brilhante show de Bruce Springsteen e da E Street band ao qual este radialista esteve presente na quarta feira passada na companhia de seu irmão e des seu pai.
Ao longo de mais de 3 horas, The Boss, que está longe e ser o cantor que mais gosto, fez o melhor show que já vi. Do ponto de vista musical, uma perfeição, com voz afiada, banda azeitada e som bem regulado em uma casa de shows com bom tamanho.

Parênteses: shows de estádio tinham que ser proibidos! Para quem gosta de música é difícil explicar por que pagamos caro para ficar embaixo do sovaco suado de um maconheiro que assiste o show de um gnomo de tão doidão, perto de um fdp jogando cerveja em vc, enquanto outro descerebrado fica reclamando que não se toca "os hits", uma fila de caras anda o tempo inteiro sem pedir passagem, dando-nos ombradas, e um tonto fica fimando ou batendo fotografias de si mesmo... tudo isso com um som sofrível e para ver o artista no telão... Inexplicável...
Voltando: ele atendeu pedidos da plateia, teve pedido de casamento no palco, surfou na galera, tomou cerveja dos ouvintes, se enamorou de uma velha, deixou o povo tocar sua guitarra, aliciou menores para cantar e dançar, e esbanjou vitalidade e simpatia.
Eu, que não conhecia metade do repertório, e senti falta de "Streets of Philadelphia", "Glory Days" e "Atlantic city", por outro lado, vi versões memoráveis de "The river", e covers bem legais como "Shout". Além disso, as hamonias vocais nas músicas de coro estilo Harlem eram de arrepiar. Para não mencionar que o cara tocou Raul! rsrsrs... Só faltou tocar Raimundos!
Ah! Tudo isso para descobrir que o baterista da banda é o irmão perdido do meu pai! Um Fernandes nos tambores! rsrsrs..

Mas, o ponto alto dos pontos altos, foi carregar o Lucas, em lágrimas, em "Thunder road", cantando juntos, até o pulmão ficar sem ar: "so you're scared and thinking maybe we ain't that young anymore... but show a little faith, that's magic in the night... You ain't that beauty, but, hey, you're alright... and that's alright with me!".

http://www.youtube.com/watch?v=-I579UTHm-o
Qual de nós nunca se sentiu assim?
Pena não ter achado o vídeo oficial do show de SP. Então fica uma versão ao vivo em Barcelona, 2002.
Stay tuned!
Duda

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Caros ouvintes:

Diante deste final de semana, a rádio Duda tocou sem parar o clássico do Queen, obviamente em homenagem ao Tadeu. Força meu amigo!


Esta música foi um single do disco "A kind of magic", de 1986. O refrão é, de todo o coração, para D. Vito, meu irmão!

Stay tuned!
Duda

"Friends will be friends,
When you're in need of love they give care and attention.
Friends will be friends,
When you're through with life and all hope is lost,
Hold out your hand cause friends will be friends right to the end."

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Preparem os ouvidos nesta semana, pois lá vem a Rádio Duda!

E na rádio desta semana, continuamos falando inglês, mas, desta vez, com coisas menos emboloradas!

Trata-se da genial banda Alabama shakes, que lançou seu primeiro disco no ano passado. Trazido às mãos deste DJ pelo JP, os Shakes tornaram-se presença constante no hit parade da Rádio Duda

O som é da melhor tradição do rock sulista dos EUA, misturado com toques de girl groups e Motown. Ou seja, é difícil ser ruim! A banda é justa, precisa e Brittany Howard, nos vocais, arrebenta!

O hit “Hold On”, para quem nunca ouviu, corra para fazê-lo ou perderá uma das melhores músicas lançadas no ano passado. Para hoje, poderia ser também “Be mine”, p*ta música rancorosa, feita por mulher ciumenta; espécie de releitura rançosa de “Be my baby”, das Ronettes, com a dor de corno da Alanis em “you oughta know”.

Mas hoje, e somente hoje, será a melhor de todas, na modesta opinião deste radialista: “I ain't the same”, música simplesmente perfeita! Rock com vocal forte, chimbal aberto, guitarra afiada e baixo gorduroso! Fora o piano fazendo uma harmonia do cão!

http://www.youtube.com/watch?v=Ut4Cw84Rfu8&list=PL8E09932C3AFB196D
Abraços aos fieis ouvintes! Não se esqueçam de mandar pedidos e comentários!

Stay tuned,
Duda

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

E na rádio Duda desta semana...

Caros ouvintes:

depois de final de semana memorável, tranquilo e com muito "love is in the air", a trilha que não sai das cabeças dos ouvintes é um folk do Chris Robinson, "Sunday Sound"!


Música da época em que os Crowes tinham dado um tempo, e que está no disco New Earth Mud.


É para escutar pensando na patroa (se a coisa estiver bem!). Senão pense no que quiser! Pense e repita o refrão até dizer "chega"!


Just like water on the ground  We will find our way

Well I'd like to dance with you as the band plays on 
I'd like to talk with you 'till dawn  We'll make a Sunday sound
Both loud and clear 
We'll make a Sunday sound
That love's here 


É isso aí!

Até semana que vem!

Stay tuned!


Duda

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Bom dia ouvintes da Rádio Duda! Atendendo a pedidos, esta semana voltamos ao clássico de Crosby, Still, Nash and Young, de 1970, "Déjà Vu"!


O álbum é um primor de técnica vocal e passeia por vários estilos musicais, do country (de "Teach your children") ao rock (de "Woodstock"), passando por baladas açucaradas (como "Our house") e o brilhante blues "Almost cut my hair"!

Ponha o disco na vitrola e volte ao mundo da boa música: da primeira à última faixa, mensagens hiporongas com melodias avassaladoras! E a guitarra de Stephen Stills é qualquer coisa que vale a pena!

Stay tuned! And see you later, aligator!

Duda

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Na rádio Duda FM desta semana...

... Os ouvintes estão insistindo: Clapton e Winwood, em 2008! Só sucesso! Número 1 do hit parade!

Winwood, já velho, finalmente consegue cantar sem desafinar, o que ajuda muito nessas "puta música"!

http://www.youtube.com/watch?v=06XvIxBJasA

Abraços e até semana que vem, com outro hit parade!

Duda  MC