terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Algumas canções de amor para o fim de ano!

Bom dia ouvintes!!!

Desculpem-nos pela queda dos serviços no dia de ontem, mas o engenheiro de som simplesmente faltou ao serviço alegando estapafúrdias desculpas relacionadas a trabalhos acadêmicos! Onde já se viu!

Hoje, na rádio Duda, toca sem parar um presente de fim de ano para todos nossos fiéis ouvintes: o clássico “Layla and other assorted love songs”!

Um “all time favorite” de 9,9 entre 10 pessoas com o mínimo de sanidade e ouvidos funcionais, o álbum foi gravado em 1970, capitaneado pelo grande Clapton, em seu auge.

Ele estava tocando com esses caras, Bobby Whitlock (teclados e voz), Carl Radle (o baixista) e Jim Gordon (baquetas), fazia algum tempo. Eles formaram a banda de apoio do George Harrison em seu primeiro álbum solo e tocavam com Delaney & Bonnie (que estarão em post do ano que vem). Whitlock foi morar com Clapton, que, na época, começava a abusar (e feio) de heroína e a cantar na cara dura a esposa de Harrison, Pattie Boyd (musa de canções como “Something”, “Layla”, “Wonderful tonight”...).

A ideia da banda era revisitar o blues, explorar novas sonoridades. E, acima de tudo isso, fugir do que Clapton chamava de “maldição da fama”, que ele achava ter se abatido sobre o Cream e o Blind Faith, levando os grupos à dissolução e às brigas de egos.

O nome Derek and the Dominos surgiu dessa vontade do anonimato, ninguém sabe muito bem como. Tem mil versões pra coisa. A que eu mais gosto fala de um erro de pronúncia numa apresentação ao vivo: a pessoa que ia apresentá-los deveria ler que “Del and the Dynamos” tocariam em seguida, mas acabou lendo “Derek (pois sabia se tratar de Eric) and the Dominos (por burrice mesmo)”. Do erro nasceu o nome.

Nas sessões de gravação, a guitarra slide ficou a cargo de Duane Allman, de quem falamos poucas semanas atrás. As jam sessions para o disco chegaram a durar 18 horas!!! Às vezes, os engenheiros dormiam no ponto e, diz-se, muito foi perdido. “Key to the highway”, por exemplo, começou a ser tocada sem que ninguém estivesse gravando. Tom Dowd, produtor da maior parte do disco, percebeu a cagada e saiu correndo para gravar. Por isso a faixa começa com um fade-in estranho.

Escorregões à parte, o resultado ficou ótimo! Astronômico, absurdo, na verdade. Este modesto DJ crer tratar-se de uma das maiores demonstrações da existência da divindade Baco em forma de vinil. Uma das melhores fusões de blues e rock já ensaiadas. E, de fato, não se trata de um álbum de Clapton, mas de uma banda afinadíssima.

Foi um fracasso de venda e de crítica. O anonimato foi tanto queninguém prestou atenção. Apenas quando a turnê da banda deixou claro de quem se tratava é que o álbum começou a se mexer. Só vendeu mesmo em 1972, quando a banda sequer existia, mas bottoms com os dizeres “Derek is Eric” circulavam por todo lado.

A banda se afundou no abuso de drogas. Gordon, esquizofrênico, matou a mãe a marteladas nos anos 1980! Clapton foi capítulo à parte. Drogas somadas à morte de seus amigos Duane (acidente de moto) e Hendrix (de overdose) o levaram a uma big depressão que o deixou trancado em casa, doidão, por 3 anos. Harrison e Townshend salvariam sua pele... mas este é outro capítulo!

Por enquanto, ouçam e se divirtam com uma faixa melhor que a outra: “Layla”, “Bell Bottom Blues”, “I looked away”, “Tell the truth”...!

Stay tuned,

Duda

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