Bom dia, caríssimos ouvintes!!!
Rádio Duda saiu do ar na segunda passada, mas as ondas voltaram
ao normal no dia de hoje! Os pedidos foram anotados e serão atendidos ao longo
das próximas semanas.
Para esta bela segunda nublada e quente, nunca tão nublada
como Londres ou SP, nunca tão quente como Cuiabá ou o Atacama, sua Rádio apresenta
o segundo álbum do Traffic, um epônimo de 1968.
A banda era formada por pequenos gênios dos anos 1960, todos
oriundos da cena blues e R&B britânica, que formou de Yardbirds a Stones.
Começaram a tocar em Birmingham, no início de 1967 e mantiveram a formação mais
bacana por três discos:
- o jovem multi-instrumentista Steve Winwood (que já passou
por aqui, cf. post sobre o Blind Faith e sobre o Gov’t Mule), que vinha do Spencer
Davis Group;
- Jim Capaldi, baterista que tocou com todo mundo, de
Hendrix a Harrison, antes de se mudar para a Bahia e passar o resto de seus
dias tomando água de coco e tocando até na versão inglesa de “Ana Júlia”, dos
insuportáveis Los Hermanos.
- Chris Wood, tecladista e saxofonista que também rodou
bastante, contribuindo em discos do Hendrix, Small Faces e Free (tema da semana
que vem).
- Dave Mason, guitarrista que tocou com todo mundo da época,
Hendrix, Stones, Clapton, Harrison,
Fleetwood Mac e Cass Elliot, por exemplo.
Os caras começaram emulando os Beatles (a primeira faixa deste
disco tem muito de “Altogether now”, dos rapazes de Liverpool, por exemplo),
mas expandiram suas referências para o jazz, blues e música experimental.
Prestem
especial atenção às faixas "Pearly Queen", "Feelin'
Alright?", “40,000 Headmen" e "Means to an End". A
primeira e a última com muito da black music da época.
O disco tem bolas fora (“No time to live”, por exemplo, tenta
ser jazz, mas descamba para motel – o que tem seu valor, é claro!), mas é
dessas pérolas dos 1960’ que merecem ser conhecidas.
Abraços e até a próxima!
Stay tuned,
Duda
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